O STF liberou a realização das Marchas da Maconha em 2012. A Comissão Global de Política sobre Drogas, da qual faz parte o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, disse neste ano que a estratégia de guerra às drogas falhou. Criar uma via legal para o consumo de maconha aumentaria o uso de drogas? É o que perguntamos a dois especialistas.
Sim: “Ao flexibilizar, você aumentaria o consumo. Ficaria mais fácil produzir e distribuir a droga. Sabemos que a maconha é enganosamente segura. Do ponto de vista médico, posso dizer que ela é prejudicial: provoca perda de rendimento acadêmico, de memória e causa outros danos. Um estudo da Nova Zelândia afirma que adolescentes que fazem uso da maconha têm 10% de chances de desenvolver surto psicótico até os 20 anos. Legalizar vai aumentar o problema. Mesmo que fosse legalizada a venda só para maiores de idade, faltaria fiscalização. O álcool, por exemplo, é imbatível como problema social. E só agora temos uma lei mais forte. Cada droga tem seus custos sociais. Temos de defender a redução do consumo de drogas, inclusive as lícitas. O caminho é criar uma rede de atendimento, instituindo programas de prevenção e de tratamento.”
RONALDO LARANJEIRA, PSIQUIATRA
Sim: “Ao flexibilizar, você aumentaria o consumo. Ficaria mais fácil produzir e distribuir a droga. Sabemos que a maconha é enganosamente segura. Do ponto de vista médico, posso dizer que ela é prejudicial: provoca perda de rendimento acadêmico, de memória e causa outros danos. Um estudo da Nova Zelândia afirma que adolescentes que fazem uso da maconha têm 10% de chances de desenvolver surto psicótico até os 20 anos. Legalizar vai aumentar o problema. Mesmo que fosse legalizada a venda só para maiores de idade, faltaria fiscalização. O álcool, por exemplo, é imbatível como problema social. E só agora temos uma lei mais forte. Cada droga tem seus custos sociais. Temos de defender a redução do consumo de drogas, inclusive as lícitas. O caminho é criar uma rede de atendimento, instituindo programas de prevenção e de tratamento.”
RONALDO LARANJEIRA, PSIQUIATRA